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BC reduz projeção de crescimento do PIB do Brasil a 2,5% em 2013

ECONOMIA - Indicadores

30 set 2013 - 08h01
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O Brasil crescerá menos em 2013 e não deve acelerar o ritmo até meados de 2014 segundo novas projeções do Banco Central divulgadas nesta segunda-feira, ao mesmo tempo em que a inflação deve ser um pouco menor do que esperado neste ano. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação do BC, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano foi reduzida para 2,5%, ante 2,7% previstos até então. No segundo trimestre de 2014, o PIB deverá ter expansão de 2,5% em quatro trimestres.

Apesar de ver menor ritmo da atividade, a autoridade monetária destacou que ele acelerou sobre 2012 e que o "cenário central contempla ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano, ou seja, uma trajetória de crescimento, no horizonte relevante para a política monetária, mais alinhada com o crescimento potencial". Já o IPCA, ainda segundo o relatório de inflação, ficará em 5,8% neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 6%, e em 5,7% em 2014, ante estimativa anterior de 5,4%.

"Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante,de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária", informou o BC pelo documento. Em agosto, o IPCA fechou em 0,24%, após registrar 0,03% em julho. Em 12 meses até o mês passado, o índice de inflação oficial desacelerou a alta para 6,09%.

"Nos próximos meses, a evolução dos índices de preços ao consumidor deverá refletir, de um lado, o efeito da recente depreciação cambial, e de outro, o efeito base da progressiva eliminação do impacto das elevadas taxas mensais de inflação no segundo semestre de 2012", disse o BC.

O BC está em processo de aperto das condições monetárias para combater a alta dos preços ao consumidor. Apesar de a inflação dar sinais de controle, após dois meses seguidos de resultados baixos, a disparada do dólar em relação ao real é uma das principais fontes de pressão no curto prazo. Do final de abril até a última sexta-feira, o dólar acumulou uma alta de 12,8%.

A Selic está em 9% ao ano, após chegar a 7,25% no menor patamar da história. No mercado é praticamente consensual que a autoridade monetária elevará a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual na reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Fonte: Reuters News
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