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Banco do Brasil está entre os bancos mais sólidos do mundo

8 jan 2013 - 07h27
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Enquanto Europa, Estados Unidos e seus principais parceiros continuam tentando reparar e amortecer os efeitos da crise econômica sobre os bancos locais - muitos deles entre os mais importantes do mundo -, as instituições financeiras de países que correm por fora na rede internacional de operações conseguiram se preservar com bons resultados. Em junho de 2012, a agência de notação americana Weiss Ratings divulgou seu primeiro ranking global, avaliando a força financeira de 206 dos maiores bancos do mundo de A (excelente) a E (muito fraco). Na lista dos mais fragilizados, figuravam oito bancos europeus, o Bank of America e o japonês Mizuho Financial; despontando no primeiro lugar das instituições mais sólidas, com nota B+, estava o Banco do Brasil.

Com nota B , o Banco do Brasil ocupa o sexto lugar do ranking de bancos mais sólidos da Weiss Ratings, atrás de instituições como o Qatar National Bank e o turco Garanti
Com nota B , o Banco do Brasil ocupa o sexto lugar do ranking de bancos mais sólidos da Weiss Ratings, atrás de instituições como o Qatar National Bank e o turco Garanti
Foto: Banco do Brasil / Divulgação


A metodologia empregada no estudo, utilizada pela Weiss desde a década de 80 na análise de bancos americanos, contemplou capital, qualidade dos ativos, receitas, liquidez e estabilidade. Na última atualização do ranking, feita em outubro de 2012, o banco brasileiro migrou para o sexto lugar entre os 10 mais fortes, atrás dos árabes Qatar National Bank e Al Rajhi, dos turcos Garanti e Akbank e do Banco Mandiri, da Indonésia. Segundo a agência, os melhores colocados - situados em países em processo de crescimento econômico e industrial - se mantiveram estáveis em meio à crise com a adoção de uma estratégia de empréstimo e investimento mais focada, beneficiando-se de operações bancárias de menor escala.



"Não quer dizer que se tratam de bancos pequenos, mas que estão menos conectados com os focos de grande risco econômico hoje em dia", complementa André Scherer, economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE-RS) e professor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS. Por serem menos dependentes do fluxo de operações dos grandes centros, os bancos latino-americanos e do Oriente Médio não só foram menos atingidos pela crise como apresentaram lucro superior aos gigantes dos países desenvolvidos: só o Qatar National Bank obteve retorno de 2,3% em ativos, mais que o dobro da média de 0,9%. No caso do Banco do Brasil, Scherer comenta que fatores como o histórico alcance geográfico, a forte expansão do crédito no País - que superou a marca de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 - e o suporte financeiro oferecido pelo Governo Federal contribuem para classificá-lo entre os mais seguros do mundo. O banco é a única instituição estatal entre os 10 melhores cotados pela pesquisa.



Mesmo sem arrecadar nota A, na avaliação da Weiss, dentre os 10 mais sólidos, o Banco do Brasil é o mais pujante em ativos, totalizando US$ 526,609 bilhões. O Deutsche Bank, o maior do mundo com US$ 2,8 trilhões em ativos e retorno de apenas 0,1%, também está no topo dos mais fracos, com nota D - refletindo o contexto dramático das instituições europeias, que precisam arcar com a deterioração de seus investimentos sem a rentabilidade esperada para liquidá-los. Além dos bancos do continente avaliados como D+ englobarem 42% do universo pesquisado, 24 dos 29 bancos que receberam a pior nota do estudo estão localizados na Zona do Euro.



"O problema é essa teia que passa por cima de nacionalidades e noções geográficas e acaba conectando os riscos", afirma Scherer. O economista explica que o grande volume de operações em conjunto entre bancos americanos, europeus e japoneses - as três regiões de menor desempenho na pesquisa da agência - também aumenta o risco de contágio financeiro, o que pode levar ao agravamento das crises.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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