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Aumento de eventos corporativos abre nicho para fornecedores

8 ago 2012 - 07h37
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Os eventos corporativos, cujo objetivo é informar, treinar ou motivar parceiros, clientes e colaboradores, acontecem cada vez mais. Dados da pesquisa

Dados da pesquisa O Impacto Econômico dos Eventos mostram que 43% das organizações entrevistadas aumentaram os seus investimentos em eventos em 2011.
Dados da pesquisa O Impacto Econômico dos Eventos mostram que 43% das organizações entrevistadas aumentaram os seus investimentos em eventos em 2011.
Foto: Shutterstock / Especial para Terra
O Impacto Econômico dos Eventos

, encomendada pelo Grupo Alatur - empresa que atua no segmento de viagens e eventos corporativos - mostram que 43% das organizações entrevistadas aumentaram os seus investimentos na área em 2011. "Conforme a economia fica mais complexa e novos produtos são lançados, esses encontros tornam-se mais necessários. Além disso, nada é melhor para fechar negócios do que o face a face", explica Ricardo Ferreira, vice-presidente do grupo.



Segundo o estudo, uma grande empresa realiza, em média, 18 pequenos eventos, de 10 a 50 pessoas, por ano. Ações de médio porte, para 51 a 250 pessoas, somam 19 realizações/ano e os grandes eventos, de 250 pessoas ou mais, chegam a 12. Os investimentos estão direcionados para exposições, salões e estandes em feiras (42%), confraternizações (40%) e treinamentos e workshops (33%).



As empresas que fazem a ligação entre os prestadores de serviços (espaços para locação, bufês, empresas de áudio e vídeo) e os clientes são chamadas de intermediadoras. A elas cabe a tarefa de receber o escopo de trabalho do cliente e contratar aquilo que se encaixa tanto no pedido, quanto na verba disponível. "O pulo do gato é ir além do que o contratante pede e oferecer sempre inovações. Mesmo que tenha o mesmo orçamento, nenhuma empresa quer o mesmo evento do ano anterior", diz Marcello Baranowsky, organizador do Evento Business Show (EBS), que acontece em São Paulo. A feira, que é especializada no ramo, movimentou cerca de R$ 10 milhões em negócios durante os dois dias da edição deste ano.



Marcello conta que São Paulo é a cidade que mais realiza eventos corporativos no País - "a cada seis minutos, um é realizado" -, mas outras capitais também se destacam. "A cidade está em um período de estagnação de espaços para locação. Por isso, os destinos próximos, como Campinas, Barueri, e até mesmo o ABC, têm sido procurados", diz.



Apesar de as Olimpíadas e a Copa não serem eventos corporativos, o legado que elas deixarão, em termos de infraestrutura, deverá ser usado para feiras e convenções. "Os próprios empresários locais vão se dar conta da importância de usar esses locais para os negócios", opina Marcello.



Risco da informalidade

Para Fernando Ribeiro dos Santos, sócio-diretor da Netza - agência paulistana de promoções e eventos que está há dez anos no mercado -, a concorrência aumenta ano a ano. "O que prejudica o setor são negócios informais, que até oferecem um serviço mais barato, mas não têm qualidade", diz.

Segundo ele, esse é um mercado pulverizado e, entre os desafios diários, está analisar o pedido do cliente e descobrir se aquilo que ele quer é viável. "Prometer o que não se pode cumprir é um erro fatal", aponta.

É comum se dizer que, quando uma empresa não vai bem, a verba para publicidade e marketing - na qual os eventos são incluídos - é uma das primeiras a ser cortada. Fernando acredita que a afirmativa é verdadeira, mas acha que já está em curso um processo de mudança. Segundo ele, as organizações percebem que nos momentos de crise devem motivar seus funcionários e se expor mais para os clientes.

Em 2011, a Netza faturou R$ 15 milhões, aumento de 45% em relação a 2010. "O salto aconteceu porque passamos a dar mais atenção à fidelização do cliente. Em 2009, tínhamos até um número maior de clientes, mas o faturamento aumentou porque algumas empresas confiaram no nosso trabalho e fizeram mais eventos conosco", conta. Para este ano, a meta é crescer 30%, já que a crise financeira pela qual a economia mundial passa está chegando mais forte ao Brasil.

Fonte: Cross Content
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