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Atividade industrial de SP cai 6,1% em 2015, aponta Fiesp

Setor de veículos automotores foi o que mais pressionou o resultado, considerado o segundo pior da série histórica iniciada em 2003

3 fev 2016 - 15h54
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A atividade da indústria de São Paulo despencou 6,1% no ano passado, no segundo pior resultado da série histórica iniciada em 2003. O maior tombo ocorreu em 2009, ano da crise global, quando a queda foi de 9,3%.

Setor automotivo despencou 15,1% no ano, em meio a perdas de 28,4% nas vendas reais
Setor automotivo despencou 15,1% no ano, em meio a perdas de 28,4% nas vendas reais
Foto: Comunicação/Volkswagen do Brasil

O setor que mais pressionou o resultado foi o de veículos automotores ao despencar 15,1% no ano, em meio a perdas de 28,4% nas vendas reais e de 28,1% em horas trabalhadas na produção.

As horas trabalhadas na produção da indústria paulista recuaram 12,9% e foram a principal influência negativa para o resultado, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Os salários reais caíram 8,7% e as vendas reais foram 6,9% menores na comparação com o ano anterior.

Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos), afirma que a redução das horas trabalhadas na produção não indica exclusivamente uma queda do emprego no setor, mas a adoção de medidas como lay-off (suspensão temporária de contratos de trabalho por tempo determinado).

“Há fabricas que estiveram em processo de lay-off e em outros sistemas em que não há redução do emprego. E o número de horas trabalhadas tende a cair mais que o emprego por questões como o uso de banco de horas e outros mecanismos”, explica Francini.

Em dezembro, o nível de utilização da capacidade instalada da indústria ficou em 75,6%. O setor manufatureiro não registra cerca de 25% da capacidade ociosa desde 2009.

Diante do cenário pessimista, a Fiesp projeta que a atividade industrial de São Paulo deve encerrar 2016 com queda de 5,3%.

“Ao olhar para as perspectivas, não conseguimos enxergar por onde vai ocorrer a saída para uma eventual melhora. Um dia (a crise) vai passar, porém não sabemos quando. Mas a intensidade dela é a maior que já vivemos”, afirma o diretor do Depecon.

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