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Arrecadação federal cresce 0,28% em junho, para R$ 91,4 bi

Recolhimento de impostos e contribuições foi afetado pela queda na produção industrial e pela baixa expansão da venda de bens e serviços

23 jul 2014 - 11h14
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A arrecadação federal atingiu em junho R$  91,387 bilhões, praticamente estável em termos reais em relação a igual período do ano anterior, após forte queda em maio, ainda afetada pela desaceleração da economia e por renúncia tributária, informou a Receita Federal nesta quarta-feira.

Funcionário verifica folhas de papel-moeda na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro, durante uma visita da imprensa. 23/08/2012
Funcionário verifica folhas de papel-moeda na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro, durante uma visita da imprensa. 23/08/2012
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Pesquisa Reuters feita com analistas mostrou que a mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria R$ 90 bilhões no mês passado, com as projeções variando entre R$ 80 bilhões e R$ 92 bilhões.

Em junho o recolhimento de impostos e contribuições foi afetado pela queda na produção industrial e pela baixa expansão da venda de bens e serviços, segundo do fisco federal.

Também pesou no resultado do mês passado a renúncia tributária de R$ 8,545 bilhões. Ainda assim a arrecadação conseguiu uma variação positiva de 0,13% sobre maio.

No mês, os principais tributos federais seguiram com baixo desempenho, com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação e o PIS/Pasep apresentando queda real em comparação a igual mês do ano passado de 2,79%, 13,89% e 1,63%, respectivamente.

Outros tributos também tiveram variação negativa.No acumulado do ano até junho, a arrecadação somou R$ 578,594 bilhões, com aumento real de apenas 0,28% em relação a igual período de 2013. No período, a renúncia tributária por desonerações diversas atingiu R$ 50,705 bilhões.

Neste cenário ruim, em um momento em que a presidente Dilma Rousseff tenta a reeleição, o governo tem sofrido para cumprir a meta de superávit primário - economia feita para pagamento de juros da dívida - deste ano, de R$ 99 bilhões, ou 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses até maio, último dado disponível, essa economia estava em 1,52% do PIB, aquém do objetivo estipulado para este ano.

Após esse resultado fiscal ruim, o Relatório de Despesas e Receitas divulgado na véspera pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento mostrou que o governo voltou a inflar a previsão de receita extraordinária para reforçar o caixa da União, prevendo R$ 27,016 bilhões entre julho e dezembro, acima dos pouco mais de R$ 24 bilhões esperados para o período de maio a dezembro.

Em uma trajetória descendente que já dura oito semanas, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 caiu a 0,97% na pesquisa Focus do BC divulgada na segunda-feira, contra 1,05 projetado anteriormente. No ano passado, o PIB cresceu 2,5%.

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