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Após fortes altas, dólar recua abaixo de R$ 2,25

4 nov 2013 - 17h29
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O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, em um movimento de ajuste após a forte alta das duas últimas sessões. Os investidores se mantiveram no aguardo de dados econômicos dos Estados Unidos, que podem trazer pistas sobre o futuro da política monetária do país. O dólar recuou 0,55%, a R$ 2,2448 na venda, depois de subir cerca de 1% na sexta-feira, para R$ 2,2573, o maior nível de fechamento desde 27 de setembro. Na quinta-feira, a divisa também tinha registrado alta de quase 2%.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de R$ 985 milhões. A queda do dólar ante o real ficou em linha com o desempenho de diversas outras divisas emergentes. Contra o peso mexicano, a moeda norte-americana caía 0,59%, também em movimento de ajuste técnico após a forte alta na semana passada. "Na semana passada, se criou uma expectativa de redução do estímulo nos EUA e o dólar avançou muito", disse o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. "É natural que ele devolva essa alta hoje."

O Federal Reserve, banco central dos EUA, injeta mensalmente US$ 85 bilhões na economia americana e parte desses recursos tende a migrar para mercados emergentes em busca de rendimentos mais elevados, levando à valorização das moedas locais. "A principal expectativa fica por conta da sexta-feira, com o relatório de emprego dos EUA, que pode pesar sobre as expectativas de retirada de estímulos no país", afirmou o gerente de análise da XP Investimentos, Caio Sasaki.

Na sexta-feira, será divulgado o relatório sobre o mercado de trabalho nos EUA, um dos principais dados econômicos para avaliar a saúde da maior economia do mundo. Dados positivos podem alimentar as apostas de que o FED começará a reduzir seus estímulos monetários em breve. Mais cedo, o presidente do FED de St. Louis, James Bullard, afirmou que o banco central americano não deveria apressar a decisão sobre reduzir seu programa de compras de ativos devido ao nível baixo de inflação que, segundo ele, está próxima de 1%.

A atuação do Banco Central brasileiro também ajudou na queda do dólar. A autoridade monetária vendeu os 10 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados por meio de seu programa de intervenções diárias. Foram vendidos 6 mil contratos com vencimento em 1º de abril de 2014 e 4 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. Os volumes financeiros equivalentes dos leilões foram de US$ 298,4 milhões e US$ 198,3 milhões, respectivamente.

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