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Analistas elevam preço-alvo da BRF após aprovação pelo Cade

14 jul 2011 - 11h51
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<br/><br />Analistas avaliaram que as restrições impostas à Brasil Foods (BRF) no julgamento sobre a fusão Sadia-Perdigão foram mais moderadas que o esperado e alguns elevaram o preço-alvo para as ações da companhia nos relatórios divulgados um dia depois da aprovação pelo órgão antitruste na quarta-feira. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na quarta-feira a incorporação da Sadia pela Perdigão, que deu origem à Brasil Foods, com restrições. <br /><br />O preço-alvo para o papel da processadora foi elevado para R$ 38,50, ante R$ 34 anteriormente, pelo Credit Suisse. Com a alteração, o papel passou de &aposneutro&apos para &aposoutperform&apos. O incremento reflete a "a melhora na transparência no que se refere à absorção da sinergia agora que a BRF tem o &apossinal verde&apos para integrar completamente as duas plataformas, e restrições impostas mais leves que o esperado", afirmou o banco em relatório a clientes.<br /><br /><br />Cálculos de analistas do banco apontam que as sinergias anuais por volta de R$ 1 bilhão, das quais 13% já teriam sido absorvidas no primeiro trimestre deste ano. "Esperamos que as sinergias remanescentes sejam absorvidas nos próximos dois anos, principalmente no que se refere a receita com iniciativas de gerenciamente, melhora no poder de compra, integração de plataformas logísticas e áreas de suporte", acrescentou.<br /><br /><br />Uma vez aprovada a operação, análise que o Cade levou dois anos para concluir, o foco pode se voltar para os fundamentos, segundo relatório do banco JPMorgan. "Neste sentido, nossa visão para as ações (da BRF) permanece muito positiva", apontou o banco em relatório.<br /><br /><br />O preço-alvo dos papéis da BRF também foi elevado para R$ 33, ante R$ 29 anteriormente, pelo Bank of America Merrill Lynch. "Embora a BRF tenha sofrido uma série de restrições, nós vemos o acordo negociado como um desdobramento muito melhor para a companhia do que um longo processo litigioso", apontou o banco em relatório.<br /><br /><br />Contudo, o banco pondera que manteve a classificação para o papel como &aposneutro&apos, uma vez que o novo preço-alvo foi estimado a partir da alta de 10% da quarta-feira, o que não justificaria a recomendação de &aposcompra&apos.<br /><br /><br />Entre os potenciais compradores dos ativos da BRF que serão alienados, o Bofa Merrill Lynch considera que o JBS é a companhia que estaria em melhor condição: por ter mais espaço em seu balanço para acomodar uma aquisição; porque os ativos de carnes suína e de frango complementam seu portfólio no Brasil; e pela possibilidade de ter um apoio do governo brasileiro, em vez de uma companhia estrangeira.<br /><br /><br />Às 11h51, as ações da Brasil Foods subiam 2,77% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a R$ 29,34. O Ibovespa caía 1,39% no mesmo horário.<br /><br />

Fonte: Invertia Invertia
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