Ações da Oi caem após TIM recusar negociações sobre fusão
As ações da Oi caem forte nesta quinta-feira após a notícia de que a LetterOne, controlada pelo bilionário russo Mikhail Fridman, desistiu de promover a fusão entre TIM e Oi.
A Telecom Italia, dona da TIM, teria informado a LetterOne que não tem mais interesse em manter as negociações.
Na mínima do dia até 11h50, as ações da companhia (OIBR3) chegaram a R$ 1,76, baixa de 12,87%. Já a TIM (TIMP3) operava em alta de 2,5%, com máxima de R$ 6,54.
O plano de fusão era visto pela Oi como uma forma de melhorar sua situação financeira e competitiva no Brasil. A LetterOne se propôs em outubro do ano passado a investir até US$ 4 bilhões na operadora endividada, se ela se fundisse à concorrente. Mas com o desinteresse dos italianos na negociação, a LetterOne afirmou que não poderá mais continuar o combinado.
"A intenção da L1 Technology era destravar o potencial vislumbrado para este acordo por meio de uma estrutura em que todas as companhias estariam alinhadas. Entretanto, sem a participação da TIM, a L1 Technology não pode mais prosseguir com o acordo proposto como anteriormente vislumbrado", afirmou a companhia.
A Oi informou que avaliará as possibilidades de consolidação no mercado brasileiro. E continua a empreender seus esforços de melhorias operacionais e transformação do negócio.
O que poderia acontecer
Uma fusão entre a Oi e a TIM teria criado a maior operadora móvel do Brasil, à frente da Vivo, e juntado a operadora da segunda maior rede móvel do país com a Oi, dona da maior rede de linhas fixas.
Mas o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, disse há um ano, antes da aproximação da LetterOne, que achava difícil encontrar qualquer atrativo convincente na aquisição da Oi. E, reciprocamente, a Telecom Italia se mostrou relutante em vender a Tim, rejeitando aproximações anteriores.