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ACM Neto: ataques de Ciro são "fratura terrível" no governo

23 abr 2010 - 16h34
(atualizado às 16h52)
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Laryssa Borges
Direto de Comandatuba

O deputado oposicionista Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) disse nesta sexta-feira que os ataques do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo Lula e ao presidente da República evidenciam uma "fratura terrível" na base governista em torno do processo eleitoral. Na avaliação do parlamentar, que participa do Fórum Empresarial de Comandatuba, um eventual embate entre PT e PSB por conta das declarações de Ciro provocaria um "estresse muito grande" na base lulista e acaba por favorecer o pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra.

ACM Neto diz que ataques de Ciro é um golpe duro para o governo
ACM Neto diz que ataques de Ciro é um golpe duro para o governo
Foto: Eduardo Lopes / Especial para Terra

"É a demonstração de que há uma fratura terrível na base do presidente Lula. Mostra que o presidente vai ter muito mais problemas para administrar do que parece, afinal de contas, o PSB tem candidatos competitivos a governador em vários Estados e isso vai gerar um estresse grande. Ciro é um homem inteligente (ao elogiar Serra) e está reproduzindo a realidade dos fatos", disse o parlamentar.

Em entrevista ao portal iG, Ciro Gomes disse que o presidente Lula agia de forma "desmedida" para alavancar a candidatura da petista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto e afirmou que José Serra "tem mais chances" de sair vitorioso no pleito de outubro. Na reportagem, o deputado ainda condenou uma suposta "subserviência" de seu partido, o PSB, em torno da candidatura da ex-chefe da Casa Civil e disse esperar uma crise fiscal e cambial no Brasil em 2011 e 2012.

Para o tucano Walter Feldman, a exacerbação das críticas de Ciro ao governo e à pré-candidata petista acaba por favorecer o nome de José Serra como favorito na corrida presidencial.

"Ciro é uma figura muito sentimental, é um apaixonado. Ele tem os nervos à flor da pele. Até agora esteve muito vinculado ao governo do PT e, de uma certa forma, em um processo de aproximação da Dilma, mas ele tinha o desejo de ser candidato a presidente. Ele foi se isolando, foi criando dificuldades, barreiras, arestas. Não dá para negar que o processo hoje é muito mais favorável ao Serra", comentou o deputado.

Fonte: Redação Terra
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