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Ibovespa patina com China e queda do petróleo; dólar cede

27 jan 2016 - 10h56
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Antes de decisão do Fed, Ibovespa assimila noticiário sobre China e petróleo
Antes de decisão do Fed, Ibovespa assimila noticiário sobre China e petróleo
Foto: Flickr/Rafael Matsunaga / O Financista

À espera da decisão da taxa de juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central do país) , o Ibovespa opera perto da estabilidade nesta quarta-feira (27), diante de preocupações com a China e pelo recuo da cotação do petróleo nos mercados internacionais.

 Mais do que a aposta de que o Fed manterá inalterada a taxa de juros, os agentes globais estarão de olho no documento que acompanha a decisão e que pode sinalizar o tamanho do ciclo de aperto este ano. A divulgação ocorrerá às 17h (horário de Brasília).

Ainda que o Fed acene para quatro elevações, há quem aposte no mercado em apenas duas altas ao longo do ano em meio às preocupações com a economia chinesa e à tendência de queda dos preços do petróleo.

O mercado busca pistas sobre qual deve ser o tamanho e o ritmo do ciclo de aperto monetário, principalmente depois que o humor internacional piorou com a China já nos primeiros dias de 2016.

Números fracos na China fizeram com que o pessimismo prevalecesse entre os investidores da segunda maior economia global no pregão desta quarta-feira, movimento que não foi acompanhado pelas demais bolsas asiáticas.

O lucro das maiores empresas do setor industrial da China teve queda de 4,7% em dezembro ante igual mês do ano anterior, após cair em ritmo mais lento em novembro (-1,4%), segundo dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Além da expectativa com Fed e da decepção com China, o recuo de mais de 2% do petróleo também eleva a aversão ao risco dos agentes globais. Enquanto as bolsas europeias caem, os índices norte-americanos também operam na ponta negativa.

Os dados de petróleo continuam no foco do mercado, já que “estamos em um momento em que a commodity se tornou protagonista de muitos pregões”, observa João Pedro Brugger, economista da Leme Investimentos. Às 13h30, os Estados Unidos divulgam os dados semanais de estoques de petróleo do país.

Por volta das 10h25, o Ibovespa caía 0,03%, a 37.483 pontos. Após fechar descolado na sessão anterior, índice pode estar ensaiando correção nesta quarta-feira. Entre as ações com maior volume de negociação, a Petrobras (PETR4) cede 0,47%, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) cai 1,18%.

Câmbio

O dólar recuava abaixo de R$ 4,05 nesta quarta-feira (27), com alguns operadores apostando que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve adotar um tom cauteloso diante de sinais de fraqueza na economia global quando anunciar sua decisão sobre os juros nesta tarde.

Às 10h25, o dólar recuava 0,80%, a R$ 4,0406 na venda, após recuar 0,78% na véspera.

O cenário local conturbado ainda influenciava os negócios locais. O dólar futuro, que havia ampliado as perdas na sessão passada após o fechamento do mercado à vista, caía cerca de 0,4%.

Analistas da Guide Investimentos destacaram em relatório que o mercado aposta amplamente que o Fed deve manter os juros, mas que o comunicado a ser divulgado às 17h (horário de Brasília) será destrinchado em busca de mais pistas. "Esperamos um Fed mais 'brando', diante das incertezas com China e elevada volatilidade dos mercados".

O alívio no mercado brasileiro de câmbio vinha apesar de nova queda dos preços do petróleo, em meio à constante sobreoferta global, e do recuo das bolsas chinesas nesta sessão. Operadores ressaltavam, porém, que a moeda norte-americana continua apresentando viés de alta.

"O dólar ainda continua sensível a altas, temos muita incertezas ainda, tanto internas como externas", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Na quinta-feira, será divulgada a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, após a decisão de manter os juros básicos em 14,25% na semana passada confundir investidores.

Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a US$ 10,431 bilhões, com oferta de até 11,6 mil contratos.

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