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Empresa aposta em castanha com sabor de chocolate a cebola

14 jun 2012 - 07h30
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Se diferenciar dos concorrentes - e com isso vender mais - é o que busca a maioria dos empreendedores. E não foi diferente com Albino dos Santos Filho, presidente da Cooperativa de Extração de Castanhas do Brasil (Cecab) e fundador da empresa Castanhafi. Quando iniciou as operações, em 2006, logo percebeu que, se comercializasse apenas a castanha

Albino dos Santos Filho, presidente da Cooperativa de Extração de Castanhas do Brasil (Cecab) e fundador da empresa Castanhafi, busca novas opções de comercialização do produto
Albino dos Santos Filho, presidente da Cooperativa de Extração de Castanhas do Brasil (Cecab) e fundador da empresa Castanhafi, busca novas opções de comercialização do produto
Foto: Bernardo Rebello/ASN / Divulgação
in natura

, teria um produto idêntico ao das outras empresas que já estavam no mercado. A partir daí, tornou-se pioneiro na venda de castanhas do Brasil com sabor. Hoje, são 12 tipos, que vão desde cebola, alho, orégano até castanha com chocolate.



As vendas de castanha no Brasil dispararam com o aumento de renda da população e com a ideia de que "castanha faz bem para a saúde", já que ela contém óleos e nutrientes importantes. "O consumo cresceu 1.000% nos últimos cinco anos", enfatiza Albino. A venda, que antes era feita quase que somente no Natal, passou a ser realizada o ano todo. O produto é encontrado de duas maneiras: com casca e beneficiado (sem casca).



Sem revelar os valores exatos, o fundador afirma que a empresa cresceu 35% em 2011. As castanhas são coletadas e beneficiadas em Juruena, norte do Mato Grosso, e vendidas em supermercados da capital do estado, de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Paraná.



Para 2012, a meta é crescer 300%. O início da operação da Associação de Quebradeiras de Castanha do Brasil - que está previsto para começo de junho - será o principal responsável pelo expressivo incremento no faturamento. Albino explica que a associação, a princípio composta por cerca de 50 mulheres, mas com estimativa de chegar a 100 até o final do ano, fornecerá mão de obra para a Cecab/Castanhafi, que poderá, então, vender mais. "A nossa preocupação é com a sociobiodiversidade da região. Queremos pessoas da comunidade trabalhando para nós", esclarece.



Resíduo de castanha é alternativa para a madeira

Mesmo sem instrução formal, Albino percebeu que era possível dar alguma utilidade ao resíduo que a casca da castanha do Brasil gerava. Thais dos Santos, filha e responsável pela parte administrativa da Cecab/Castanhafi, conta que está em fase de testes o uso do resíduo para a construção de mesas de centro, de escritório e de divisórias. "Alguns experimentos já mostraram que o composto suporta até 500 quilos de pressão", diz.

Albino conta que o produto - que deve começar a ser comercializado dentro de um ano - é uma alternativa para a madeira. "Em termos financeiros, não vai dar para competir, mas é uma opção mais sustentável. A casca da castanha ia para o lixo, não tinha uso, e cada vez mais a madeira vai ser usada com parcimônia. Não falta muito para a sua extração tornar-se restrita por uma questão de preservação ambiental", acredita. Por meio de um processo industrial, as cascas são fundidas até formarem uma sólida e fina placa.

O próximo passo é fabricar tijolos ecológicos também a partir da casca. Segundo Thaís, trata-se de um produto com grande resistência, "limpo" e que vai ampliar a capacidade econômica dos cooperados da região.

Fonte: Cross Content
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